Eis que passa no tempo a imensa caravana
A multidão revel que humilhada se agita
Reis, tiranos e heróis, rondando a turba aflita
E fugindo à verdade augusta e soberana.
Sobre carros triunfais, a Treva se engalana...
E a mendaz ilusão freme, goza e palpita
Para rojar-se, após a miséria infinita,
Na cinza a que se acolhe a majestade humana.
Mas Tu, Mestre da Paz, que a bondade ilumina,
Guardas, imorredoura, a grandeza divina,
Sem que o lodo abismal Te ofenda ou desconforte.
Tudo passa, descendo à sombra do caminho,
Mas no sólio da cruz inda imperas sozinho,
Na vitória do amor que fulge além da morte.
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