mensagensfraternaskatiasilene

domingo, 26 de junho de 2011

CARIDADE SEMPRE



 CARIDADE SEMPRE




Enquanto vigoravam conceitos religiosos procedentes das mais diversas escolas de fé, os Excelsos Benfeitores da Humanidade, através de Allan Kardec, foram concludentes: “Fora da Caridade não há salvação”.
Caridade não apenas como virtude teologal.
Caridade não somente como diretriz religiosa.
Caridade não implícita como condicionamento de fé.
Caridade pura e simplesmente como norma de comportamento.
A diretriz lapidar por isso mesmo é a síntese de toda a vida de Jesus, em atos, através da exaltação do amor no seu sentido mais eloquente, consoante Ele mesmo o exemplificou.
Quando Hilel, o velho, o nobre doutor judeu do século I antes do Cristo, foi interrogado por um jovem discípulo que lhe solicitou ensinasse toda a Bíblia durante o tempo em que ele se pudesse manter de pé, num só pé, teria respondido o sábio: — “Amai!” Surpreendido ante a resposta sintética e inesperada, voltou a inquirir o moço: — “Bastará só isso? E o restante?” Ao que concluiu o pensador: — “O restante do que se encontra na Bíblia é explicação disso: o amor!”
Parafraseando o inolvidável mestre israelita, poderíamos também afirmar que todas as lições do amor e da sabedoria, a se fixarem soberanas em O Evangelho Segundo o Espiritimo, podem sintetizar-se na Caridade.
Caridade antes da aflição do companheiro de rumo.
Caridade durante o sofrimento do coração ao lado.
Caridade depois de passada a tribulação de quem segue conosco.
Caridade em pensamentos, em palavras e atos.
Caridade silenciosa, atuante, que desculpa e ajuda.
Caridade compreensiva, renovadora, que perdoa e esclarece.
Caridade sempre.
*
Há, no entanto, dentre as muitas conotações de referência à Caridade, migalhas de dever que deixamos desperdiçar em múltiplas oportunidades, descuidados.
Anotemos algumas.
Gratidão aos combalidos genitores nos dias sacrificiais da senectude — dever, e caridade efetiva.
Esquecimento da ingratidão dos filhos invigilantes, tragados pela voragem da insensatez — dever, e caridade de assistência continuada.
Salários dignos aos servidores domésticos e conversações edificantes com eles para que se libertem da engrenagem da ignorância e da rebeldia — dever, e caridade fraternal.
Cordialidade com vizinhos e colegas de trabalho, mesmo difíceis ou irresponsáveis — dever, e caridade da tolerância.
Generosa paciência com parentes da consanguinidade, enfermos e impertinentes — dever, e caridade familial.
Oração pelos perseguidores encarnados e desencarnados como hábito de higienização psíquica — dever, e caridade espiritual.
Pão, medicamento e agasalho àquele que sente necessidade de socorro material, mas oportunidade de trabalhar — dever, e caridade libertadora da miséria.
Muitos falarão em filantropia e ética social, filiar-se-ão a organizações respeitáveis e pomposas, aficionadas da imprensa de propaganda larga, descrevendo a nova mentalidade hodierna. Muitos apresentarão explicações ruidosas sobre deveres sociais e humanos, reprochando tuas atitudes discretas.
Não te detenhas em conflitos desnecessários, mas sobretudo não te esqueças da beneficência e fixa-te na Caridade de Jesus para conosco, caridade sempre nova, sempre atual, sem exigências, sem ruídos, e deixa-te clarear interiormente por essa estrela refulgente, que, brilhando em todos os evos, vem conduzindo o homem a Deus.

Nota:
Tema para estudo: O Livro dos Espíritos — Parte 3ª, Capítulo XI: Caridade e Amor ao Próximo.
Leitura complementar: O Evangelho Segundo o Espiritismo — Capítulo XV: Fora da Caridade Não Há Salvação, ítem 10.

Livro:  Lampadário Espírita
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis
               FEB – Federação Espírita Brasileira


Para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.

Projeto Saber e Mudar
Aos poucos e sempre.

Estudar e conhecer.
Agir e transformar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário