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domingo, 1 de maio de 2011

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TENHA UMA NOITE ABENÇOADA

A POSIÇÃO DE CHICO CHAVIER



(...)
        A posição de Chico Xavier perante os homens é deveras singular. Sendo amado, querido, respeitado e reverenciado por muitos, especialmente pelos "filhos do Calvário", é igualmente criticado, perseguido, caluniado e vítima de zombarias e comentários maldosos e ferinos.
        Por se fazer embaixador da Luz que verte do Plano Maior, médium dos Espíritos do Bem que vêm falar à Humanidade, torna-se alvo predileto daqueles que descreem da vida além do túmulo, dos que não esposam a ideia da comunicação com os "mortos", das perseguições de outros credos religiosos que sentem nele ameaça viva aos conceitos sediços e ultrapassados que adotam. Por outro lado, materialistas convictos teme-no e o combatem através do ridículo, das zombarias, receosos de encontrar na sua obra a tão temida Verdade.
        Pressionado pelos encarnados, sofrendo ainda a inveja dos próprios companheiros, defronta-se também com os irmãos do plano invisível - adversários da Luz.
        Verdadeiramente cônscio de sua posição, não alimentando ilusões, porque espírito experiente e amadurecido no tempo, sabe que é preciso suportar até mesmo o papel de "palhaço", despertando o riso sarcástico daqueles que o enxergam como um "pobre coitado" perdido nas fantasias do seu mundo pessoal.
        Através da História, os grandes vultos da Humanidade, aqueles que se distinguiram por seu devotamento ao semelhante, também sofreram o apodo e a ironia da chusma irreverente. Mas, de cabeça elevada, dentro dos padrões da mais alta dignidade, suportaram em silêncio, vencendo o mundo.

Livro:  Testemunhos de Chico Xavier

IMPOSITIVO DO TRABALHO




IMPOSITIVO DO TRABALHO

O trabalho é o recurso precioso que a Divindade oferece aos seres animais e humanos para progredirem.
Lei da Natureza, procede de Deus, que trabalha incessantemente, conforme acentuou Jesus em formoso enunciado, demonstrando que o desenvolvimento intelecto-moral da criatura é consequência do esforço que empreende para a própria renovação.
Sem a dádiva do trabalho, os seres ficariam reduzidos à paralisia, à inutilidade, e a vida volveria ao caos do princípio...
O trabalho se apresenta como necessidade expiatória: quando escravo, mediante remuneração injusta, em condições inumanas, sob a cruz das enfermidades, através de cargas horárias exauríveis; como de natureza provacional: quando se faz continuado, impondo-se como meio único de sobrevivência, pelo enfrentamento de desafios e dificuldades, sem compensações relevantes e como de caráter missionário: graças à abnegação e ao sacrifício, ao amor e à renúncia... 
Não havendo a criatura humana, em outras reencarnações, conduzido com equidade e justiça em atividades dignificadoras, que deslustrou; ou fruído toda a existência no ócio e na inutilidade; ou tendo imposto de maneira cruel o trabalho como castigo aos que se lhe submetiam; ou vivendo da exploração de outras vidas a benefício próprio, sob látegos de indiferença e de crueldade, retorna agora ao proscênio terrestre sob a injunção do labor expiatório, a fim de aprender a respeitar a dignidade do seu próximo e a honrar as Leis da Vida. 
Ninguém dilapida os bens da existência humana impunemente, abusando do direito ao uso dos valores que fomentam o progresso, transformando-os em intrumento de gozo pessoal, sem retribuição honrosa. Por essa razão, o trabalho não deve ser imposto como instrumento de punição, nem a sua ausência pode ser prolongada sem convite à ação.
Estas atitudes infelizes impõem refazimento da experiência iluminativa através do trabalho-expiação.
Igualmente, para que os mecanismos do desenvolvimento do ser se façam relevantes, aprimorando a inteligência e fomentando os sentimentos nobres, o esforço e a tenacidade moral se apresentam solucionadores no trabalho-provação.
É, no entanto, através do trabalho-missão que o Espírito alcança as cumeadas do progresso, após haver passado pelas fases anteriores da expiação e da provação, graças a cujos processos aprendeu a produzir pelo prazer de fazê-lo, não tendo em mente outra qualquer recompensa, senão a satisfação de encontrar-se na condição de co-Criador, melhorando as próprias como a situação do planeta que lhe serve de domicílio.
            Quando seja bem compreendido, o trabalho se transformará em bênção conscientemente buscado para a autossuperação, para a interiorização do pensamento e sua dilatação em favor dos demais, deixando de ser imposição dolorosa e cansativa da caminhada terrestre.
*
            Os mecanismos da evolução utilizam-se do trabalho como meio de disciplinar a vontade, domar os instintos, desenvolver a razão e sublimar os sentimentos.
            Eis por que os animais também trabalham e sua existência terrena tem finalidades específicas. Eles mesmos experimentam e vivenciam as diferenças de trabalho, a depender das mãos humanas que os direcionam, quando justas e nobres ou rudes e perversas.
            A maneira, porém, como o ser humano use os seus irmãos da retaguarda evolutiva, desenvolverá consequências para si mesmo em fruturas reencarnações.
            A crueldade para com os animais revela o nível inferior de consciência em que transita o Espírito, que ainda não se libertou do primarismo interior, descarregando as paixões primevas que lhe permanecem em predomínio naqueles que se lhe submetem indefesos, tornando-se, igualmente, perversos em relação ao seu próximo.
Do amor pelos animais evolui-se para o amor humano, em treinamento afetuoso, que desenvolve e sutiliza os nobres sentimentos da alma.
O trabalho, portanto, sob qualquer expressão em que se apresente, tem como finalidade precípua felicitar o ser, erguê-lo do charco das paixões inferiores para os planaltos da realização feliz.
Enquanto se trabalha para sobreviver, para conseguir os recursos que mantém a existência, logra-se progredir, porque é justo que o indivíduo viva com o resultado do próprio esforço, usufrua das concessões da ciência e da tecnologia através do seu empenho, auxiliando também no crescimento geral. Então o seu esforço recebe remuneração, que deve ser justa, de acordo com o labor executado, de maneira a atender às necessidades do seu nível social, cultural e econômico. lgualmente, deve ser desenvolvido em lugar cujas condições ambientais e sociais dignifiquem-no e promovam-no, evitando que se rebele ou enferme.
Todavia, quando já não necessita de salário ou recompensa, o seu trabalho passa a ter maior valor, porque está acima de qualquer pagamento, tornando-se a verdadeira doação, que se situa além dos preços estabelecidos.
Não há como remunerar-se devidamente uma oferenda de amor, uma noite de acompanhamento durante a enfermidade, a assistência fratema no momento do infortúnio, o conselho oportuno e salvado...
Trabalho não é somente o de natureza material, o do esforço físico, que se investe na realização de qualquer coisa, mas também toda e qualquer dedicação e atividade mental, emocional, aplicada no sentido do Bem.
Não poucas vezes, o trabalho intelectual e artístico faz-se mais desgastante e exaustivo do que o de natureza meramente física, em razão do esforço que se despende, assim como da concentração mental que é exigida.
Todo trabalho, portanto, enriquece a vida e a enobrece.
Felizes são todos aqueles que podem trabalhar e o fazem com alegria, encontrando,  no seu desempenho, prazer e encorajamento para continuar a existência corporal.
Em todos os recantos do Universo tem vigência a Lei do Trabalho honrando o processo de evolução, porque não existe o repouso absoluto, a ausência de dinamismo, de vibração.
  Aqueles que, abnegadamente, se afadigam no trabalho-missão, sempre dispondo de tempo e possibilidade para fazer mais e mais auxiliar desinteressadamente, dão-se conta de a quantos muito prejudicou em transatas reencarnações e ora os abençoam com esforço e ajuda, após haverem resgatado o débito perante as Leis Cósmicas, quando lhes foi exigido fazê-lo.
*
            Como trabalho é um exigência da Vida, o repouso ou descanso é um impositivo que dele se deriva.
Aos animais e aos homens que trabalham assistem o direito ao repouso após o dever executado, que as leis humanas lentamente vão estabelecendo, tornando a sociedade mais justa e mais dignificada.
Na infância e na velhice todos necesistam de auxílio, devendo os pais cumprir com os seus deveres em relação aos filhos e estes, mais tarde, atenderem aos seus genitores, assim retribuindo o bem recebido.
É injusta a sociedade que impõe à criança e ao ancião o trabalho como meio de sobrevivência; além disso é cruel, considerando a falta de experiência e de forças na primeira; e a ausência de energia, bem como a presença dos sofrimentos naturais, na velhice...
Trabalhar, portanto, sempre e sem cessar, é desenvolver o deus internoque todos conduzem no coração, rumando para Deus, o Excelso Criador.       

10 de junho de 1997
Londres, Inglaterra

Livro:   Sendas Luminosas
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier

TEMPESTADES DA VIDA




Katia Silene Ferreira de Souza   e-mail :katiasileneraiodeluz@hotmail.com
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   Tempestades da vida

Há noites muito escuras em que o vento violento e ruidoso traz a tempestade inclemente.
Os trovões e os relâmpagos invadem a madrugada como se fossem durar para sempre.
Não há como ignorar os sentimentos que tomam de assalto nossos frágeis corações.

O medo e a incerteza tiram nosso sono, e passamos minutos infindáveis, imaginando o pior, temerosos de que o céu possa, de um momento para o outro, cair sobre nossas cabeças.
Sem, no entanto, qualquer aviso, o vento vai se acalmando, as gotas de chuva começam a cair com menos violência e o silêncio volta a imperar na noite.

Adormecemos sem nos dar conta do final da intempérie, e quando acordamos, com o sol da manhã a nos beijar a fronte, nem sequer nos recordamos das angústias da noite.
Os galhos caídos na calçada, a água ainda empoçada na rua, nada, nenhum sinal é suficientemente forte para que nos lembremos do temporal que há poucas horas nos assustava tanto.

Assim ainda somos nós, criaturas humanas, presas ao momento presente.
Descrentes, a ponto de quase sucumbir diante de qualquer dificuldade, seja uma tempestade ou revés da vida, por acreditar que ela poderia nos aniquilar ou ferir irremediavelmente.
Homens de pouca fé, eis o que somos.

Há muito tempo fomos conclamados a crer no amor do pai, soberanamente justo e bom, que não permite que nada que não seja necessário e útil nos aconteça.
Mesmo assim continuamos ligados à matéria, acreditando que nossa felicidade depende apenas de tesouros que as traças roem e que o tempo deteriora.

Permanecemos sofrendo por dificuldades passageiras, como a tempestade da noite, que por mais estragos que possa fazer nos telhados e nos jardins, sempre passa e tem sua indiscutível utilidade.
Somos para Deus como crianças que ainda não se deram conta da grandiosidade do mundo e das verdades da vida.
Almas aprendizes que se assustam com trovões e relâmpagos que, nas noites escuras da vida, fazem-nos lembrar de nossa pequenez e da nossa impotência diante do todo.

Se ainda choramos de medo e não temos coragem bastante para enfrentar as realidades que não nos parecem favoráveis ou agradáveis, é porque em nossa intimidade a mensagem do Cristo ainda não se fez certeza.
Nossa fé é tão insignificante que ante a menor contrariedade bradamos que Deus nos abandonou, que não há justiça.
Trata-se, porém, de uma miopia espiritual, decorrente do nosso desejo constante de ser agraciados com bênçãos que, por ora, ainda não são merecidas.

Falta-nos coragem para acreditar que Deus não erra, que esta característica não é dele, mas apenas nossa, caminhantes imperfeitos nesta rota evolutiva.
Falta-nos humildade para crer que, quando fazemos a parte que nos cabe na tarefa, tudo acontece na hora correta e de forma adequada.

As dores que nos chegam e nos tocam são oportunidades de aprendizado e de mudança para novo estágio de evolução.
Assim como a chuva, que embora nos pareça inconveniente e assustadora, em algumas ocasiões, também os problemas são indispensáveis para a purificação e renovação dos seres.

Por isso, quando tempestades pesarem fortemente sobre nossas cabeças, saibamos perceber que tudo na vida passa, assim como as chuvas, as dores, os problemas.
Tudo é fugaz e momentâneo.
Mas tudo, também, tem seu motivo e sua utilidade em nosso desenvolvimento.

AMOR PROPRIO

BEIJO DE LUZ


                                                                       

Sim, somos espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio. 

O Livro da Esperança - Chico Xavier/Emmanuel)


Beijos de luz!

Palavra às Mães



Palavra às Mães

Livro: Na Era do Espírito
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Se o Senhor te concedeu filhos ao coração de mulher, por mais difícil se te faça o caminho terrestre, não largues os pequeninos à ventania das adversidades.
É possível que o companheiro haja desertado das obrigações que ele próprio aceitou, bandeando-se para a fuga sob a compulsão de enganos, dos quais um dia se desvencilhará.
Não lhe condenes, porém a atitude. Abençoa-o e, quando possível, ampara os filhos inexperientes que te ficaram nos braços fatigados de espera.
Quem poderá, no mundo, calcular a extensão das forças negativas que assediam, muitas vezes, a criatura enfrascada no corpo físico, induzindo-a a transitório esquecimento dos encargos que abraçou? Quem conseguirá, na Terra, medir a resistência espiritual da pessoa empenhada ao resgate complexo de compromissos múltiplos a lhe remanescerem das existências passadas?
Se foste sentenciada à indiferença e, em muitas ocasiões, até mesmo à estremada penúria, ao lado de pequeninos a te solicitarem proteção e carinho, permanece com eles e, o trabalho por escudo de segurança e tranqüilidade, conserva a certeza de que o Senhor te proverá com todos os recursos indispensáveis à precisa sustentação.
Natural preserves a própria independência e que não transformes a maternidade em cativeiro no qual te desequilibres ou em que venhas a desequilibrar os entes amados, através de apego doentio. Mas enquanto os filhos ainda crianças te pedirem apoio e ternura, de modo a se garantirem na própria formação da qual consigam partir em demanda ao mar alto da experiência, dispensando-te a cobertura imediata, auxilia-os, quanto puderes, ainda mesmo a preço de sacrifício, a fim de que marchem, dentro da segurança necessária, para as tarefas a que se destinam.
Teus filhos pequeninos!... Recorda que as Leis da Vida aguardam do homem a execução dos deveres paternais que haja assumido diante de ti; entretanto, se és mãe, não olvides que a Providência Divina, com relação ao homem, no que se reporta a conhecimento e convívio, determinou que os filhos pequeninos te fossem confiados nove meses antes.