(...)
A posição de Chico Xavier perante os homens é deveras singular. Sendo amado, querido, respeitado e reverenciado por muitos, especialmente pelos "filhos do Calvário", é igualmente criticado, perseguido, caluniado e vítima de zombarias e comentários maldosos e ferinos.
Por se fazer embaixador da Luz que verte do Plano Maior, médium dos Espíritos do Bem que vêm falar à Humanidade, torna-se alvo predileto daqueles que descreem da vida além do túmulo, dos que não esposam a ideia da comunicação com os "mortos", das perseguições de outros credos religiosos que sentem nele ameaça viva aos conceitos sediços e ultrapassados que adotam. Por outro lado, materialistas convictos teme-no e o combatem através do ridículo, das zombarias, receosos de encontrar na sua obra a tão temida Verdade.
Pressionado pelos encarnados, sofrendo ainda a inveja dos próprios companheiros, defronta-se também com os irmãos do plano invisível - adversários da Luz.
Verdadeiramente cônscio de sua posição, não alimentando ilusões, porque espírito experiente e amadurecido no tempo, sabe que é preciso suportar até mesmo o papel de "palhaço", despertando o riso sarcástico daqueles que o enxergam como um "pobre coitado" perdido nas fantasias do seu mundo pessoal.
Através da História, os grandes vultos da Humanidade, aqueles que se distinguiram por seu devotamento ao semelhante, também sofreram o apodo e a ironia da chusma irreverente. Mas, de cabeça elevada, dentro dos padrões da mais alta dignidade, suportaram em silêncio, vencendo o mundo.
Livro: Testemunhos de Chico Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário