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sábado, 21 de maio de 2011

Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?

Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?



Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.
Contudo, quando assumem postos de comando se esquecem dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.

Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.

Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Seria um grande homem, agora. Importante.

Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.

Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim. A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.

Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?

Paciente, o alfaiate explicou: A informação é preciosa. É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.

Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência. Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida. Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.

Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem se falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços. É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa. Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente.

O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.

Cargos e funções são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela Divindade para nosso progresso. Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.

Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de Suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada.

De fato isso veio a acontecer.

Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade. Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.

Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.  A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.

No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.

MESQUINHOS E DESESPERADOS‏

MESQUINHOS E 

DESESPERADOS



Diante da infinidade e grandeza da vida de além-túmulo, a vida terrena some-se, como um segundo na contagem dos séculos, como o grão de areia ao lado de uma montanha. Tudo se torna pequeno, mesquinho, e ficamos pasmos de haver dado importância a coisas tão efêmeras e pueris. Daí, no meio dos acontecimentos da vida, uma calma, uma tranquilidade que já constituem uma felicidade, comparadas às desordens e tormentos a que nos sujeitamos, com o fito de nos elevarmos acima dos outros; daí, também, para as vicissitudes e decepções, uma indiferença que, tirando todo o motivo de desespero, afasta numerosos casos de loucura e desvia forçosamente o pensamento do suicídio.
Com a certeza do futuro, o homem espera e se resigna, com a dúvida perde a paciência, porque nada espera do presente.      

Livro:  O Que é o Espiritismo
Allan Kardec

Pintando as telas do destino

Pintando as telas do destino

Quando conseguimos elevar nosso estado de consciência, integrando-nos ao conhecimento cósmico da nossa natureza e reconhecendo-nos como espíritos eternos em evolução, abrimos uma janela em nossas mentes por onde visualizamos o futuro que aos poucos estamos desenhando nas telas do destino, com o pincel das nossas ações. Esse novo estado de consciência nos permite combinar, harmoniosamente, as cores que queremos dar ao cenário de nossas vidas.

Embora as imagens do passado apareçam impressas como pano de fundo, podemos alterar-lhes substancialmente algumas nuanças, com as tintas da resignação e da paciência, sobrepondo tela sobre tela a cada pincelada da nossa renovação.

Somos os artistas! Nosso ateliê é o mundo em que vivemos; o material e a inspiração emanam de tudo e de todos a nossa volta. Podemos nos tornar pintores vulgares, preocupados apenas com as paisagens do diminuto mundo do eu, onde a sombra sem definição prevalece sobre as cores; ou podemos ampliar nossa arte pintando, com o pincel da fraternidade e do amor, as telas de uma humanidade abraçada aos conceitos de fé e de esperança, tendo como contorno a moldura da paz.

Na arte de pintar o destino, nossa mente gera a matriz cósmica. Nossos sentimentos dão o acabamento final, revestindo nossas obras de uma película de luz e ressaltando as cores alegres da felicidade; ou de uma película sombria, ressaltando as cores tristes da infelicidade.

O espaço cósmico universal é a grande Galeria de Arte onde nossos quadros vão sendo fixados, formando imenso painel delineando nosso futuro.

Deus é o grande patrocinador de todos os artistas que se expressam e evoluem na arte de viver. E, para a perfeita combinação entre cenários e artistas, a lei de causa e efeito surge como a grande empresária, agendando nossos compromissos, situando-nos nos lugares onde devemos nos apresentar diante de um público selecionado de acordo com as imagens e fatos que devemos reproduzir nas telas que irão compor o acervo cultural e moral de nossas vidas, consolidando nosso destino.

A mensagem Cristã tem sido a grande musa inspiradora dos artistas bem-sucedidos, cujos quadros ocupam um espaço especial na Galeria Cósmica de Arte.

Jesus, o mestre por excelência, imprimiu nas telas de Sua vida um quadro magnífico, onde exalta as cores da felicidade construída com amor e sabedoria. A película de luz com que revestiu Sua obra tornou-a indestrutível, transformando-a num eterno modelo para o sucesso dos artistas em curso nos caminhos da evolução.

Ari Carrasco