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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus.


A missão da maternidade



O Bispo de La Serena, Chile, Dom Ramon Angel Jara, teve oportunidade de escrever um texto muito poético que diz:

Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus.
Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo moça, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças todas da juventude.
Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida.
Quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama. Rica, sabe empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.
Forte, estremece ao choro de uma criancinha. Fraca, se revela com a bravura dos leões.
Viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam.
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum. Porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página. Eles lhes cobrirão de beijos a fronte. Digam-lhes que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.
Na atualidade, a mulher assumiu muitos papéis. Lançou-se no mundo e se transformou na operária, juíza, cientista, professora, militar, policial, secretária, empresária, presidente, general e tudo o mais que, no passado, era privilégio do homem.
A mulher se tornou em verdade uma super-mulher que, além dos afazeres domésticos, conquistou o seu espaço no mercado de trabalho.
Naturalmente, não para competir com o homem, mas para somar com ele, pois dos esforços de ambos resulta o sustento e o bem-estar da família.
A rainha do lar se transformou na mulher que atua e decide na sociedade.
Das quatro paredes do lar para o palco do mundo. Contudo, essa mulher senadora, escriturária, deputada, médica, administradora de empresa não perdeu a ternura.
Ela prossegue a acolher em seu ninho afetivo o esposo e os filhos.
Equilibrada e consciente, ela brilha no mundo e norteia o lar. Embora interprete muitos papéis, ela não esqueceu do seu mais importante papel: o de ser mãe.
*   *   *
Dentre todas as mulheres que se projetaram no mundo, realizando grandes feitos, a nossa lembrança
 recua no tempo buscando uma mulher especial.
A história não lhe registra grandes discursos, mas o Evangelho lhe aponta gestos e palavras que valem muito mais.
Mãe de um filho que revolucionou a História, manteve-se firme na adversidade, na dor, exemplificando o que Ele ensinara.
Não deixou testamento, riquezas ou haveres mas legou à Humanidade a excelente lição da mulher que gera o filho, alimenta-O e O entrega ao mundo para servir ao mundo.
Seu nome era Maria... Maria de Nazaré.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um poético e autêntico retrato de uma genitora – nossa homenagem à toda mulher-mãe, do jornal Correio fraterno do ABC, de maio de 2000 e no texto Retrato de mãe, de Dom Ramon Angel Jara, Bispo de La Serena, Chile, tradução de Guilherme de Almeida.

LÍDERES MEDIÚNICOS

LÍDERES MEDIÚNICOS

A Psicologia da liderança mediúnica é a própria psicologia do médium. Porque o médium é um líder nato, quer no seu grupo, quer em relação com o público em geral. Sua condição de intermediário o obriga a isso. Mas neste vasto país mediúnico só temos um médium capaz de liderança nacional, que é Chico Xavier. Só ele revelou até hoje condições para essa função esmagadora. Por isso está chegando à exaustão. (...) Meio século de mediunidade sem descanso, enfrentando entrechoques doutrinários contínuos, ataques e críticas de opositores de toda a espécie, são mais que suficientes para destruir um gigante. Mas Chico Xavier resistiu até agora, graças a uma convicção inabalável e uma paciência muito superior a de Jó. É nele, na sua frágil figura humana e na indomável fortaleza espiritual, que encontramos o modelo da liderança mediúnica. Revelando mais uma vez o poder da humildade como no caso do infinitesimal na corrida atômica, o Invisível desafia, nele, todo o aparente poderio visível. Chico Xavier provou que só uma força pode se opôr a todas as forças do mundo e vencê-las: a força da Humildade. Repetiu a façanha de Francisco de Assis perante o poderio maciço do Vaticano. O poder do médium se chama Humildade. Quando ele a perde, perde-se a si mesmo. Se temos só um líder mediúnico para mais de cem milhões de habitantes e não sabemos quantos milhões de médiuns, é porque a maioria dos nossos médiuns se perdeu em pretensões estúpidas e dissipações inóquas de suas faculdades.
            O médium só exerce a liderança de maneira efetiva e eficaz quando não quer ser líder e se recolhe à sua humildade. As forças do Universo agem ao inverso das condições terrenas.
            (...)
            A psicologia do médium é paranormal. Suas percepções extravasam dos órgãos sensoriais para captar as dimensões do Invisível. Se examinar-se a si mesmo jamais temerá a morte, pois convive com os mortos, que na verdade não morreram. A liderança mediúnica não é do médium, mas das entidades espirituais que dele se servem. Mas ele é dono de si mesmo e os espíritos não podem dominar as suas faculdades sem o seu consentimento. Isso o faz participar da liderança. Chico Xavier aceitou a orientação de Emmanuel, ligou-se a essa entidade e com ela passou a servir sem perguntar a quem. Não alimentou ambições terrenas e nunca pretendeu ser líder. Por essa renúncia a si mesmo tornou-se o líder mediúnico nacional.

Não seja um modelador de pessoas, modele a si próprio!

Não seja um modelador de pessoas, modele a si próprio!

Não seja um modelador de pessoas, modele a si próprio!


Infelizmente, a falta de paciência, a intolerância, a presunção, a arrogância e o controle são características negativas presentes na maioria das pessoas que vivem nesse planeta. Talvez pudéssemos excluir não mais que umas cem pessoas em todo o globo que talvez estão isentas dessas atitudes negativas. Portanto, essa é uma realidade presente na história das pessoas que vivem uma vida conhecida como normal, e mesmo que queiramos negar, basicamente somos intolerantes! 

Onde isso repercute mais em nossas vidas? 

Com certeza, em diversas áreas de nossa existência, mas sem dúvida alguma, principalmente nos relacionamentos. 

Tudo que criticamos em uma outra pessoa envolve a falta de tolerância, falta de amor ou compaixão. Queremos, em cem por cento dos casos, que a outra ou as outras pessoas se comportem como nós achamos que ela ou elas devem se comportar. E o pior, costumamos gostar mais de uma pessoa, no sentido da afinidade mesmo, quando essa se comporta de forma mais parecida com aquilo que nós consideramos certo. 

Não dá para negar que afinidades surgem naturalmente nas nossas vidas, e também não quero dizer que essas sintonias saudáveis entre pessoas não sejam importantes. Claro que são! Apenas quero lembrar que não costumamos nos relacionar com maior proximidade ou intimidade, com pessoas que não se comportam como achamos que elas devem se comportar. E de novo, não me refiro à conduta moral, ética e valores, porque é claro que esses aspectos precisam ser sempre ponderados nos relacionamentos que temos em todos os níveis. Não vou escolher um estelionatário para sócio, sabendo que o passado dele é envolvido por atitudes criminosas ou no mínimo suspeitas. Também teremos dificuldade de confiar em alguém que já agiu de modo errado em outra circunstância. Então, devemos, sim, escolher relacionamentos que estejam na mesma sintonia de valores e código moral, mas as emoções... Essas nos enganam.
É comum você não gostar de uma pessoa simplesmente porque ela tem um tom de voz excessivamente grave, ou agudo, ou baixo, ou alto. Como você tem registros internos de não tolerar oscilações de voz em qualquer pessoa, então, quando conhece e se relaciona com alguém assim, nitidamente irá se irritar também.
Esse é apenas um exemplo. 
Você pode ter uma crença interna que pessoas com sotaque do sul são antipáticas. Uma vez que você conhece alguém assim, imediatamente, já se fecha porque não gosta daquele tipo de sotaque. 

Tudo que buscamos externamente traduz o que sentimos internamente. Estamos o tempo todo buscando conforto, buscando "acomodar" as nossas emoções da melhor maneira dentro de nós mesmos. Procuramos o conforto em todos os sentidos, é natural pois queremos nos sentir bem. É aí que um grande erro começa, pois sem querer, ou sem perceber, e pior ainda, sem ter o mínimo direito, começamos a modelar pessoas! 

Modelamos as pessoas controlando os relacionamentos em todos os níveis, fazendo de tudo para que elas se comportem da forma como mais nos conforta! 

Quanta arrogância! 

Não se assuste, apenas reflita pois, eu faço, você faz e todos nós fazemos! Aceite essa verdade atual, o amor incondicional ainda não está impregnado em nossas veias! O nosso amor é totalmente condicional. 

Duvida de mim? Acha que eu estou exagerando? Acha mesmo?
Então vamos refletir um pouco...
Por que gostamos de determinada pessoa, seja em qualquer nível de relacionamento? 

Porque necessariamente essa pessoa é alguém que também que nos retribui afetos, que faz coisas que nos agradam, que faz com que sintamos emoções positivas, certo?
E se essa pessoa parar de se comportar assim? E se as atitudes dela não necessariamente agradarem mais? Nós continuaremos amando essa pessoa?
Provavelmente manteremos um resquício de amor, mas muita coisa vai mudar nessa relação. Salvo os casos de mães e filhos, em que podemos encontrar uma grande intensidade do verdadeiro amor incondicional, nas outras relações, dificilmente o magnetismo que une essa união irá continuar existindo. Isso porque não gostamos exatamente de uma outra pessoa, mas do que ela faz por nós, ou melhor, da emoção que ela desperta, como por exemplo: carinho, alegria, conforto, acolhimento, aceitação, etc.
E se a pessoa por meio de outras atitudes não mais estimular essas emoções em nós? Nós continuaremos a gostar dela da mesma forma?
Provavelmente não, exceto no caso de mães, como já comentado!
Quando as pessoas próximas a nós começam a ter novas ideias, novos caminhos, novos conceitos - porque todo mundo muda - e essa mudança não necessariamente agradar, nesse momento o nosso relacionamento com elas começa a se complicar. Complicar porque começamos a querer que a pessoa aja de outra forma, que certamente não será a que ela acha correta, mas a que nós entendermos ser! 
Nesse caminho, vamos ficando críticos, controladores, intolerantes, ardilosos, impiedosos, em resumo, nos tornamos modeladores de pessoas! 

Esse não é um bom caminho! Definitivamente não é! 

E qual a solução para isso? Como contornar tais situações tão comuns? 

Aprendendo a aceitar as pessoas como elas são. Mantendo a liberdade nas relações, cultivando o respeito pelas vontades alheias e entendendo principalmente que ninguém, ninguém mesmo é responsável pela sua felicidade. Da mesma forma, jamais aceite o peso da responsabilidade de fazer alguém feliz. 

Quando o comportamento de alguém lhe fizer mal, não tente mudar a pessoa, esse é o pior caminho, mais sofrido, mais tortuoso, mais custoso, mais escuro. Nessas situações de divergências olhe para dentro de você e perceba quais são as emoções que surgem com a situação. É o ciúmes, o medo de perder, a necessidade de aprovação, a ansiedade, o pessimismo, seja qual for a emoção negativa, preste atenção nela e não dê tanto foco naquelas atitudes alheias que você julga equivocada. 

Dando atenção ao seu Eu interior você perceberá que sempre busca relações que lhe tragam conforto emocional de acordo com suas crenças, e que sempre que esse seu (e unicamente seu) código emocional interno for quebrado por atitudes alheias julgadas por você como destoantes, então as mágoas, os conflitos e as confusões começarão. Uma vez que você parar de procurar relações com o objetivo de confortar as suas emoções internas, mas principalmente com a ideia de conviver bem com o mundo, encontrando plenitude e bem viver, você perceberá uma mudança drástica na qualidade de seus relacionamentos.
Não seja um modelador de pessoas, seja um modelador de emoções negativas em positivas, porque esse é o segredo para estabelecer relações pautadas no amor e consequentemente na verdade, ou melhor dizendo: a verdade que liberta!