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domingo, 3 de abril de 2011

Tormenta e Paz


Tormenta e Paz
Livro: Heranças de Amor 
Eros & Divaldo P. Franco

Tempestade! Os ventos fortes e as chuvas torrenciais se unem em espetáculo dantesco.
Enxurrada e lamaçal destroem sementeiras e alagam propriedades.
Os trovões lançam seus gritos, enquanto os relâmpagos bailam com faíscas de luz, pelos céus.
Destruição e treva reinam por algum tempo. Depois, uma grande calmaria a tudo sucede.
Os trombeteiros do medo e os gigantes do horror cessam a fúria.
A terra se apresenta revolvida, as árvores arrancadas, os ninhos desfeitos.
Os rios transbordantes e os dentes rilhados do sofrimento estão à mostra em toda parte, apresentando um quadro de aflição.
No entanto, o ar está liberado de miasmas, de tensões, das altas cargas elétricas e magnéticas que aniquilam os homens, os animais e as plantas com lentidão.
A pouco e pouco, as mãos da renovação trabalham os painéis destroçados e tudo retorna à normalidade. A natureza repousa para logo mais apresentar toda sua beleza outra vez.
* * * * *
Assim também é a vida. A tormenta das dores, a borrasca dos sofrimentos atinge as criaturas vez ou outra, mais duramente. É como se tudo se unisse e acontecesse ao mesmo tempo: a enfermidade no lar, o desemprego, desentendimentos familiares, o abandono de alguém amado, uma traição.
As nuvens escuras do desalento toldam o céu dos sentimentos e a desesperança castiga a alma.
Contudo, por mais rudes sejam os padecimentos, as dificuldades ou os problemas, eles passam. Tudo passa na vida, pois tudo é transitório.
Por isso, lembremos as lições de Madre Teresa de Calcutá que, em bela página, assim se expressou: Tua força interior e tuas convicções não têm idade. Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.
Continua, apesar de todos esperarem que abandones as lutas. Não deixes que se enferruje o ferro que há em ti.
Age de forma que, em vez de compaixão, as criaturas te tenham respeito.
E, se o peso das lutas e dos anos, te disser que não podes mais correr, prossegue andando.
Diminui o ritmo, mas caminha sempre. Mesmo que tenhas que usar uma bengala, nunca te detenhas porque atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada triunfo, há outro desafio. E mesmo que a pele enrugue, o cabelo fique branco, os dias se convertam em anos, o mais importante em ti somente se torna melhor: o espírito imortal que és.
***
A poesia de luz que supera a noite sombria, é convite à renovação.
Mesmo que a noite das aflições teime em colocar trevas em tua alma e a dominar as tuas aspirações, segue o sol e permite-te bordar de dia o teu coração.
A luz brilha fora de ti, na natureza que desperta, elevando um hino à vida.
Faze a tua claridade interior e renasce.

Anjo de luz

Um mundo em transição


Momento Espírita
Um mundo em transição

O ano de 2011 está assinalado por muitas catástrofes. É como se observássemos uma grande revolta dos elementos naturais, buscando local próprio.
A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, transformando cidades e edificações em um mar de lama e pedras, ceifando incontáveis vidas, abalou os brasileiros.
Mas, ainda não refeitos desses fatos que motivaram gestos de solidariedade de variadas localidades, os terremotos no Japão nos levam ao quase terror.
Mais do que as cenas do cinema catástrofe, as imagens televisivas nos impressionaram ao mostrar o mar erguendo-se em enormes vagalhões e engolindo tudo.
Destruição em segundos do que o homem levou muito tempo para construir. Belos edifícios, cidades inteiras, lugares aprazíveis, tudo levado de roldão, arrasado.
Carros e máquinas arrastadas como brinquedos pela correnteza inclemente.
E vidas, quantas vidas ceifadas. Desaparecidos sem conta. E, depois, continua o tsunami em sua jornada, ameaçando outros países, que se colocam em alerta.
E dizer que todos recebemos o Ano Novo com tanta esperança. E vivemos o Terceiro Milênio em anseio de um novo tempo.
Como entender tamanha destruição?
Recorremos ao Evangelho de Jesus. Ele não nos enganou, em momento algum.
Falou de um mundo em extinção para o aparecimento de outro. Falou de dores, de desolação, de tempos amargosos: Pedi a Deus que a vossa fuga não se dê durante o inverno. A aflição desse tempo será tão grande como ainda não houve igual desde o começo do mundo até o presente e como nunca mais haverá.
E se esses dias não fossem abreviados, nenhum homem se salvaria. Mas esses dias serão abreviados, em favor dos eleitos.
Em verdade vos digo: chorareis e gemereis, e o mundo se rejubilará. Estareis em tristeza, mas a vossa tristeza se mudará em alegria.
Uma mulher, quando dá à luz, está em dor, porque é vinda a sua hora. Mas depois que ela dá à luz um filho, não mais se lembra de todos os males que sofreu, pela alegria que experimenta de haver posto no mundo um homem.
É assim que agora estais em tristeza. Mas, eu vos verei de novo e o vosso coração rejubilará e ninguém vos arrebatará a vossa alegria.
Jesus predisse os últimos tempos de um mundo de dores em transição para outro onde o bem predominará.
Assim, o que hoje observamos e que nos leva à solidariedade, ao auxílio de tantas vítimas é a concretização daqueles tempos anunciados.
Muitas dores se farão no mundo para que a grande renovação se apresente.
Muitos irão de retorno à Pátria Espiritual, outros tantos retornarão, Espíritos renovados para promover a grande transformação moral do planeta.
O mundo físico também sofre as transformações e por isso treme, alteram-se paisagens, modificam-se elevações.
Tudo é um grande estertor. Mas, como Jesus mesmo afirmou, após as grandes dores, virá o tempo da bonança.
Auxiliemo-nos enquanto as dores nos maltratam e aguardemos a aurora nova de um novo mundo.
O Senhor está no leme.

Redação do Momento Espírita, com citações extraídas do Evangelho de Mateus, cap. XXIV, vv. 15 a 22 e do Evangelho de João, cap. XVI, vv. 20 a 22.
Em 24.03.2011

A casa sobre a rocha


Momento Espírita
A casa sobre a rocha

O chamado Sermão do Monte de Jesus é a maior declaração de amor que a Humanidade recebeu, ao longo das eras.
O conteúdo, a forma, a estrutura da Carta Magna do bem são perfeitos, irretocáveis.
O homem-paz, Mahatma Gandhi, foi capaz de dizer que se fossem perdidos todos os textos sacros da Humanidade, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.
Sábia observação pois, realmente, está ali o mais seguro guia de conduta de que se tem notícia.
Não só pelas nove bem-aventuranças que cantam esperança, mostrando um futuro feliz para os corações sedentos de orientação e consolo mas, também, pela postura perante a lei antiga, mostrando que teve seu tempo, sua validade, no entanto, precisava de reforma, de melhoria. Precisava dar o próximo passo.
São muitas orientações, algumas brandas, outras enérgicas.
É no Sermão do Monte que Jesus fala que não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte, conclamando-nos a fazer brilhar a luz interior que todos temos.
É ali que fala do amor aos inimigos, jamais pensado, jamais considerado antes por alguém. Uma proposta revolucionária e de beleza inigualável pelas nuances intrínsecas.
Foi do alto daquele monte que nos ensinou a orar, primeiro recomendando que a oração fosse realizada em nosso quarto interno.
Depois, orientando-nos a evitar o palavreado excessivo, tornando o ato de falar com Deus uma conversa amiga, desprovida de ritos ou pomposidades.
Por fim recita o Pai nosso...
Como esquecer aquela oração, aquele roteiro, aquele poema de luz!
Quantas almas, ao longo das eras, já se libertaram de seus sofrimentos atrozes, nas asas de um Pai nossofeito de coração! Quantas almas...
Em seguida, fala dos tesouros do céu, mostrando que são os únicos que levamos daqui, os únicos verdadeiramente reais para nossa vida espiritual.
Olhai as aves do céu... Não semeiam, nem ceifam... E vosso Pai celestial as alimenta...
Que consolo aos de vida material sofrida, aos que padecem a falta do necessário saber que alguém os cuida com carinho...
Do alto da montanha ainda diz JesusPedi e vos será dado. Buscai e encontrareis. Batei e será aberto para vós.
Fez-nos deuses das possibilidades, das realizações através de uma vontade pulsante no íntimo.
Termina o grande poema de forma majestosa e didática:
Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra aquela casa, mas não desabou.
*   *   *
Construir nossa casa sobre a rocha é buscar a prática dos ensinos do Cristo em nossa vida diária.
De nada vale conhecer as palavras, os conteúdos, se eles não nos fazem homens e mulheres melhores, se não nos transformam em pessoas de bem.
Construir nossa casa sobre a rocha é perguntar sempre: Qual o comportamento cristão nesta circunstância?
Em cada decisão, questionar: Qual a decisão que me leva ao bem do meu próximo? Que me transforma em farol de luz sobre os alqueires do mundo atual?
É tempo de construir essa nova casa, nos dias de hoje, finalmente, sobre a rocha.
Redação do Momento Espírita.
Em 25.03.2011.


Solicitação Fraterna




Solicitação Fraterna


André Luiz & Francisco Cândido Xavier


Ajude com a sua oração a todos os irmãos:
Que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;
Que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda parte;
Que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;
Que contemplam mil castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão; que somente cooperam na torre de marfim do personalismo, sem lhe descerem os degraus para colaborar com os outros;
Que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;
Que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;
Que desistem de continuar aprendendo na luta humana;
Que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;
Que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;
Que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;
Que fazem culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.
São doentes graves que necessitam do Amparo Silencioso.




Muita Paz

O caminho esta a sua espera