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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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As Rosas do Infinito


As Rosas do Infinito
Livro: Contos e Apólogos 
Irmão X & Francisco Cândido Xavier

Em deslumbrante paisagem da Esfera superior, diversos mensageiros se 
congregavam em curioso certame. Procediam de lugares diversos e traziam 
flores para importante aferição de mérito.
Na praça enorme, pavimentada de substância semelhante ao jade, colunas multicores exibiam guirlandas de soberana beleza.
Rosas de todos os feitios e cravos soberbos, gerânios e glicínias, 
lírios e açucenas, miosótis e crisântemos exaltavam a Sabedoria do 
Criador em festa espetacular de cores e perfumes.
Envergando túnicas resplendentes, servidores espirituais iam a vinham, à espera dos juizes angélicos.
A exposição singular destinava-se à verificação da existência de 
luz divina, nos múltiplos exemplares que aí se alinhavam, salientando-se 
que os espécimes com maior teor de claridade celeste seriam conduzidos 
ao Trono do Eterno, como preito de amor e reconhecimento dos 
trabalhadores do bem.
Os julgadores não se fizeram esperados.
Quando a expectação geral se mostrava adiantada, três emissários 
da Majestade Sublime atravessaram as portas de dourada filigrana e, 
depois das saudações afetuosas, iniciaram o trabalho que lhes competia. 
Aquele que detinha mais elevada posição hierárquica trazia nas mãos uma 
toalha de linho translúcido, o único apetrecho que certamente utilizaria 
na tarefa de análise das preciosidades expostas.
Cada ramo era seguido de pequena comissão representativa do serviço espiritual em que fora elucidando.
Aproximou-se o primeiro grupo, trazendo uma braçada de rosas, 
tecidas com as emoções do carinho materno que, lançadas à toalha 
surpreendente, expediram suaves irradiações em azul indefinível, e os 
anjos abençoaram o devotamento das mães, que preservam os tesouros de 
Deus, na posição de heroínas desconhecidas.
Logo após, brilhante conjunto de Espíritos jubilosos deitou ao 
pano singular uma coroa de lírios, formados pelas vibrações de fervor 
das almas piedosas que se devotam nos templos ao culto da fé. Safirinas 
emanações cruzaram o espaço e os celestes embaixadores louvaram os 
santos misteres de todos os religiosos do mundo.
Em seguida, alegre comissão juvenil trouxe a exame delicado 
ramalhete de açucenas, estruturadas nos sonhos e nas esperanças dos 
noivos que sabem guardar a Bênção Divina, e raios verdes de brilho 
intraduzível se projetaram em todas as direções, enquanto os emissários 
do Todo-Misericordioso entoaram encômicos aos afetos santificantes das 
almas.
Lindas crianças foram portadoras de formosa auréola de jasmins, 
nascidos da ternura infantil, e que, depostos sobre a toalha miraculosa, 
emitiram alvíssima luz, semelhante a fios de aurora, incidindo sobre a 
neve.
Depois, pequeno agrupamento de criaturas iluminadas colocou, sob 
os olhos dos anjos, bela grinalda de cravos rubros, colhidos na 
renunciação dos sábios e dos heróis, a serviço da Humanidade, que 
exteriorizaram vermelhas emanações, quais se fossem constituídas de 
eterizados rubis.
E, assim, cada comissão submeteu ao trabalho seletivo as jóias que trazia.
O devotamento dos pais, os laços esponsalícios, a dedicação dos 
filhos, o carinho dos verdadeiros amigos, a devoção de vários matizes 
ali se achavam magnificamente representados pelas flores cuja essência 
lhes correspondia.
Em derradeiro lugar, compareceu a mais humilde comissão da festa.
Quatro almas, revelando características de extrema simplicidade, 
surgiram com um ramo feio e triste. Eram rosas mirradas, de cor 
arroxeada, mostrando pontos esbranquiçados a guisa de manchas, a 
desabrocharem ao longo de hastes espinhosas e repelentes. Depostas, no 
entanto, sobre a mágica toalha, inflamaram-se de luz solar, a 
irradiar-se do recinto à imensidão dos Céus.
Os três anjos puseram-se de joelhos. Inesperada comoção encheu de 
lágrimas os olhos espantados da enorme assembléia. E porque alguns dos 
presentes chorassem, com interrogações imanifestas, o grande juiz do 
certame esclareceu, emocionado:
-Estas flores são as rosas de amor que raros trabalhadores do bem 
cultivam nas sombras do inferno. São glórias do sentimento puro, da 
fraternidade real, da suprema consagração à virtude, porque somente as 
almas libertas de todo o egoísmo conseguem servir a Deus, na escória das 
trevas. Os acúleos que se destacam nas hastes agressivas simbolizam as 
dificuldades superadas, as pétalas roxas simbolizam o arrependimento e a 
consolação dos que já se transferiram da desolação para a esperança, e 
os pontos alvos expressam o pranto mudo e aflitivo dos heróis anônimos 
que sabem servir sem reclamar...
E, entre cânticos de transbordante alegria, as rosas estranhas subiram rutilantes do Paraíso.
Ó vós, que lutais no caminho empedrado de cada dia, enxugai as 
lágrimas e esperai! As flores mais sublimes para o Céu nascem na Terra, 
onde os companheiros de boa-vontade sabem viver para a vitória do bem, 
com o suor do trabalho incessante e com as lágrimas silenciosas do 
próprio sacrifício. 

PALESTRA DIA 22 DE DEZEMBRO DE 2010 AS 20:OO HORAS

PALESTRA DIA 22 DE DEZEMBRO DE 2010 
COM JANUARIO E JESSICA CANTANDO