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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O veneno da preocupação

O veneno da preocupação


Perante as nuvens de incertezas que amiúde escurecem o céu de nossas mais caras esperanças, o veneno da preocupação mal contida, freqüentemente, nos intoxica os delicados mecanismos da alma.

 Diante dela, tememos o que o futuro nos mostrará, ao mesmo tempo em que ignoramos a realidade do presente, perdendo inúmeras oportunidades de crescimento espiritual.

Ensejos de praticar a caridade, ajudar a familiares, socorrer a dor de necessitados, estudar lições edificantes do Evangelho de Jesus e tantos outros, que aparecem como luzes que a Clemência Divina nos coloca no caminho, visando nos conduzir ao reino de nossa redenção, são por nós ignorados, pois permanecemos com os olhos fechados para a nossa reforma íntima, nos preocupando em excesso com o futuro que ainda não conhecemos.

Quando o nobre espírito Hammed fala da preocupação no seu livro “As Dores da Alma” (1) nos alerta para essa postura equivocada. Pensar excessivamente no que há de vir pode se constituir num mecanismo de fuga para nossas responsabilidades do tempo atual. Quanto mais nos preocupamos com os problemas que teremos de enfrentar, e outros que apenas existem dentro de nossas mentes, menos agimos de forma útil no presente, acumulando maior soma de preocupações para os dias que se seguem. E quando deixamos este processo seguir de forma indiscriminada, acabamos assoberbados de dificuldades não resolvidas que têm como resultante inevitável muitos dos males emocionais dos tempos modernos, tais como a ansiedade, a depressão, esgotamentos nervosos, etc.

Qual a solução para que quebremos este círculo vicioso de preocupações? Busquemos na Doutrina Espírita as respostas e veremos que apenas o antídoto do trabalho e da coragem poderá nos curar da doença das preocupações excessivas. Trabalhemos no intuito de resolver os problemas que desafiam nossa tranqüilidade interior o mais rápido possível, e tenhamos coragem para enfrentarmos os desdobramentos que eles poderão apresentar, na certeza de que quanto mais adiarmos a resolução de nossas questões difíceis, mais complicadas elas se nos apresentarão futuramente.

Portanto, se não queremos nos “pré-ocupar” mentalmente com nenhum problema, nos cansando desnecessariamente, procuremos nos ocupar deles, resolvendo-os da melhor forma, angariando para nosso coração a tranqüilidade da consciência tranqüila e o galardão da fortaleza interior.
André Rabello


BIBLIOGRAFIA
(1) – AS DORES DA ALMA – FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO – DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED. 

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