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terça-feira, 17 de maio de 2011

O que as águas não refletem



O que as águas não refletem... na superficialidade não reside.

"Quando estava entre nós, Ele costumava contemplar-nos, e ao nosso mundo, com um olhar de admiração, pois os véus dos anos não velavam Seus olhos, e tudo o que via era claro à luz da juventude."

Embora conhecesse o belo em toda sua profundidade, a paz e a majestade da beleza jamais deixaram de surpreende-Lo, e esteve diante do mundo como o primeiro homem estivera diante do primeiro dia.

Nós, com os sentidos já embotados, ficamos à plena luz do dia, mas não vemos.

Aguçamos os ouvidos, mas não ouvimos; e estendemos as mãos, mas não chegamos a tocar.

Não vemos o lavrador em seu retorno do campo ao findar o dia; nem ouvimos a flauta do pastor que conduz seu rebanho para o curral; nem estendemos os braços para tocar o pôr-do-sol, e nossas narinas não mais anseiam pela rosas...

Não, não veneramos um rei que não tenha um reino; nem ouvimos o som de uma harpa sem que haja uma mão a dedilhar-lhe as cordas; tampouco vemos uma pequena oliveira na criança a brincar em nosso olival.

E é preciso que cada palavra surja dos lábios carnais de uma boca, senão julgamo-nos mudos e surdos.

Na verdade, fitamos, mas não vemos; atentamos, mas não ouvimos; comemos e bebemos, mas não saboreamos.

E é aí que reside a diferença entre nós e Jesus de Nazaré.

Todos os Seus sentidos se renovavam continuamente, e o mundo para Ele era sempre novo.

Para Ele, o balbucio de um bebê não era menor do que o clamor de toda a humanidade, enquanto para nós nada mais é do que um balbucio.

O que as águas não refletem é que, para Ele, a raiz de uma roseira era um anseio por se aproximar de Deus, enquanto para nós não passa de uma raiz..."

***

Quanto temos a aprender com este Exemplo Maior que temos em nossas vidas...

Jesus não é um ídolo qualquer, um depósito de nossas frustrações e incertezas, como os ídolos fúteis deste mundo.

Não, Ele é um Guia seguro para nossos passos, um Guia que precisa descer dos crucifixos que penduramos em nossas paredes brancas na aparência, e habitar nossos atos e nossos pensamentos diários.

Como Ele faria se estivesse em nosso lugar?

Como Jesus falaria com esta pessoa? Como Ele trataria este alguém que nos feriu profundamente?

Como Ele reagiria a impropérios, a acusações improcedentes?

Estudando Sua vida em profundidade, fazendo estas perguntas e seguindo Seus exemplos, estaremos modificando nossas vidas significativamente.

Cumprir as obrigações religiosas simplesmente, não é suficiente.

Não fazer o bem nem o mal, não é suficiente.

Agir é necessário...

Revolucionar o coração é necessário...

Erradicar costumes viciosos é urgente...

O que as águas não refletem, na superficialidade não reside: é necessário repensar a vida, e ir fundo nas mudanças que sejam necessárias...

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