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terça-feira, 3 de maio de 2011

Familiares difíceis...Um problema!


                                             

                                       Familiares difíceis...Um problema!

Parentes difíceis, aquelas pessoas que amamos, mas que intoxicam nossas vidas a ponto da convivência se tornar um martírio. Morando sob o mesmo teto ou não, não há como fugir à convivência com estas pessoas. Afinal, não existem ex-pais, ex-irmãos, ex-mães, ex-filhos.

Um dos maiores erros nossos é nos deixarmos em último lugar. Quem já não se pegou ao menos pensando “Assim que terminar de limpar a casa vou descansar” e o fim de semana chega ao fim anunciando mais uma semana de trabalho e você não descansou nada, pois estava ocupada demais limpando, arrumando e cozinhando?

Ou, então, perdeu toda a paz preocupada com problemas familiares, picuinhas entre mãe, irmãos, pais? Ou pior ainda, a colocaram no meio das picuinhas familiares que, muitas vezes, você não teve nada a ver com o problema e nem estava lá. Mas sobraram os “respingos” da peleja familiar, como a guerrinha de nervos que todos conhecem bem, do não falar contigo, ou então “como você pode deixar ela/ele falar assim comigo, olha só o que ela me disse quando você esteve fora, não vai me defender?”. Todos algum dia já passaram por isso ou ainda passam. E o que fazer?

Você, em primeiro lugar, não se deixe em último lugar. Sem culpa, nem obrigação, vá descansar, faça algo que gosta, preencha sua vida com coisas que tenham significado para você e lhe tragam prazer. Vá fazer um artesanato, meditação, caminhe pelo parque ou leia um livro. Fique tranqüila que a sujeira da casa não vai sair de lá, as guerrinhas familiares também estarão lá quando você voltar.

Não se deixe envolver pela culpa e pelo vitimismo dos outros. Pessoas manipuladoras, principalmente familiares próximos, costumam apelar para o seu sentimento de culpa imputado em seu subconsciente durante anos (ficam quietinhos em seu canto, deixando claro seu mal-estar e profundo aborrecimento com alguma coisa que está ocorrendo no lar) ou, então, através de uma postura de suposta “vítima” capaz de falar claramente coisas do tipo “você vai acabar me matando...”, “não dormi a noite toda esperando você chegar...”, etc. Essa tentativa (e sucesso) da pessoa manipuladora e histérica em conseguir quase tudo através da mobilização emocional dos demais membros da família causa, cronicamente, um expressivo sofrimento emocional aos familiares.

Como lidar com isso? Tenha paciência e não se deixe envolver. Quem tem o controle remoto da sua vida é você, portanto, é você que vai decidir se isso vai te atingir ou não, se você vai dar ouvidos ou não. Quem se magoa é você, não são os outros que te magoam.

É preciso colocar limites. Independentemente do grau de parentesco, a pessoa intrometida precisa de limites. Limites claros e coerentes. É perfeitamente possível fazer isto com educação e respeito com qualquer pessoa da família. É preciso ficar claro que quando se impõe limite ao intrometido não lhe está tratando mal, apenas se está disciplinando e zelando pelo bem e harmonia da convivência. Obviamente, não vá achar que a pessoa vai reagir a essa repentina mudança de atitude sua (ao impor limites claros e coerentes) como uma pessoa com maturidade emocional. Você vai ter que ser um líder calmo e assertivo, paciente e perseverante. Quem disse que ia ser fácil?

Boa sorte! 

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