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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SUICÍDIO - EM VEZ DE SOLUÇÃO,DORES INENARRÁVEIS

SUICÍDIO - EM VEZ DE SOLUÇÃO,DORES INENARRÁVEIS

Ilude-se aquele que imagina o suicídio como porta de libertação para seus infortúnios. Eles crêem que a morte é o nada e assim seria o fim das suas aflições. Pretendem, com a anulação da consciência, eximir-se da responsabilidade de seus atos ou fugir dos problemas que os atingem.
Puro engano. Lamentável engano.

Algumas culturas no mundo até dignificam tal ato, atribuindo àqueles que praticam o suicídio a dignidade dos heróis.

Outro erro, outro engano!
Analisemos o que verdadeiramente ocorre após o suicídio.
Nós jamais morremos. O que “morre” é o corpo físico. O espírito, ou alma, não morre. É eterno.

Quando passamos para o lado de lá, continuamos como estamos aqui, sem grandes alterações. Não perdemos a consciência, nem nos fundimos num todo, dissolvendo-nos. Permanece a individualidade que somos, com todos os nossos defeitos e virtudes que possuíamos aqui na terra.

Aquele que chega ao mundo espiritual após o transe da morte, surpreende-se com a continuidade da vida em todas as suas expressões, de tal monta que muitos sequer se dão conta que morreram, passando a vagar a esmo, buscando falar com seus familiares sem que eles os ouçam.

Portamos no mundo de lá um corpo espiritual em tudo semelhante ao corpo que deixamos aqui na terra, e que pulsa com vida conforme pulsava aqui na terra. Eis porque muitos espíritos têm a sensação de que ainda estão vivos, sem sequer compreenderem que “morreram”.

Nossa situação no “lado de lá” resume-se ao seguinte: se estávamos felizes e de consciência tranqüila ao morrermos, continuamos nessa situação de felicidade e de paz. Se estamos “nem bem, nem mal”, lá chegamos da mesma forma, “nem bem, nem mal”. Mas se lá chegarmos aflitos ou com a consciência culpada, continuaremos com esse estado de aflição ou remorso.

Ai é que reside o problema para quem se suicida! Nada muda. Chegamos lá com a situação que tínhamos aqui. Assim, para o suicida, a primeira grande decepção e desgosto é encontrar-se na mesma situação aflitiva em que se encontrava.

Se fugiu da vida pela vergonha de um ato indigno, esta lembrança não se apagará e continuará a ferretear-lhe o pensamento com mais dor e angustia do que sentia aqui na Terra.

Se abandonou a vida devido a enormes e aparentemente insolváveis dívidas financeiras, poderá lá chegar retendo a preocupação das mesmas, especialmente se tais dividas passarem a ser cobrados da sua família que ficou.

Se deserta da existência física por encontrar-se triste e deprimido, lá permanecerá na mesma situação, agravado pelo fato das sensações e sentimentos serem exacerbados no espírito, então livre do pesado fardo do corpo físico que serve como amortizador dessas sensações.

Este é um ponto importante que devemos frisar. O corpo físico serve como uma espécie de leve barreira que dilui em parte as sensações e sentimentos vividos pela criatura, dando-lhe um certo anteparo aos sofrimentos experimentados. Mas quando desembaraçado do corpo físico pela morte do mesmo, o espírito tem as sensações ampliadas, sentindo-as na sua total intensidade.

Para o suicida, alem de permanecer com os problemas que possuía e os sentir de forma ampliada, tem como perverso agravante o fato de ter cometido o grave erro do suicídio. É um crime como qualquer outro. E suas conseqüências são terríveis.

Falando especificamente do resultado do suicídio, informamos que a situação da criatura após seu trágico desenlace é extremamente dolorosa! Como abreviou sua existência antes da hora prevista para sua morte natural, a criatura experimenta uma situação de verdadeiro terror. Fica ligada ao seu corpo físico já morto devido ao vigor dos laços magnéticos que os conectavam que não se rompem totalmente devido exatamente a esse vigor ainda existente, experimentado a frigidez e a impotência dos movimentos do corpo físico agora inerte. Assiste aos familiares prantearem sua morte e deseja lhes falar que ainda não morreu, e grita em desespero para que tentem salva-lo, sem ser ouvido.

Observa o medico fazer a autopsia cortando-lhe o corpo de forma que lhe parece impiedosa e cruel, porque ainda se vê vivo, e procura agarrar o medico para impedi-lo sem sucesso. Em seguida acompanhará os despojos ao tumulo onde sentirá a corrosão do mesmo pelos vermes em verdadeiro banquete macabro que ele presencia impotente e aterrorizado, a par do odor nauseabundo da morte, sentindo as carnes serem devoradas através dos laços fluídicos que ainda o constringem junto ao corpo em decomposição dentro do tumulo fétido, permanecendo neste período ao lado do corpo. Após um espaço de tempo, que lhe parece uma eternidade, ele conseguirá se libertar dessa situação mas encontrar-se-á em outra pior ainda. Começará a sentir a repercussão do ato insano que continua a vibrar nas suas fibras espirituais, fazendo com que ele tenha seu corpo espiritual estraçalhado como no momento do suicídio, vivenciando o momento fatal repetidamente como uma reverberação do gesto impensado.

Geralmente os espíritos dos suicidas são recolhidos para vales sombrios no plano espiritual condizentes com sua situação, não como local de castigo, mas de tratamento, que guarda afinidade com seu estado mórbido. Estes locais proporcionam ao suicida a possibilidade de ir exaurindo aquela energia vital ainda existente que o prende ao gesto insano do suicídio, devido ao desenlace antes do seu tempo previsto de desencarne (esta é a expressão que usamos para a morte, pois como o espírito não morre e apenas se desvencilha do corpo de carne que perece, dizemos desencarne). Tais locais, não obstante seu caráter de hospital, é de lamentável aspecto. São furnas escuras, úmidas e de solo pegajoso, tresandando olor pútrido e asfixiante, onde se ouve permanentemente os gritos lancinantes dos réprobos ali albergados quando experimentam as repetidas sensações dolorosas da hora da sua morte.

Se matou-se por meio de veneno, sentirá suas entranhas corroendo em fogo, sentindo os mesmos estertores e dores lancinantes de quando estava no momento da morte física até seu aniquilamento, quando então sobrevêm alguma pausa para em seguida voltar a sentir tudo novamente numa repetição enlouquecedora que só terminará quando ele atingir o tempo que deveria ocorrer a sua morte natural. Assim, essas dores e situação angustiantes perdurarão por décadas, num sofrimento que se lhe aparentará eterno pelo sua longa duração.

Da mesma forma sofrem todos os demais suicidas.

Se matou-se com um tiro de arma de fogo, ouvirá o estrondo do projétil e a perfuração de suas carnes, sentindo de novo as mesmas dores, repetidamente. Sentirá seu crânio explodir, ou seu coração romper-se como ocorreu no momento real. Permanecerá com o corpo espiritual dilacerado e com a ferida exposta no ponto que foi atingido, com o sangue a jorrar sem parar e sem se exaurir.

Se colocou-se a frente de um trem, terá seu corpo espiritual totalmente estraçalhado e rejuntado como num quebra-cabeças torto, sentindo repetidas vezes o momento do impacto assustador e toda a dor daquele momento.

Se atirou-se de um prédio, sentirá inúmeras vezes o vazio angustiante da queda e o choque terrível contra o solo, sentindo suas carnes serem esmagadas novamente com dores excruciantes. Nesses casos, onde o modo da morte proporciona um pequeno intervalo de tempo entre o impulso e a morte, ele sente o arrependimento tardio e procura desesperadamente no vácuo evitar a queda, que não se faz mais possível.

Se optou pelo punhal, perfurando suas próprias vísceras pelo metal cortante, sentira inúmeras vezes a mesma dor, contorcendo-se em torno da lamina fria, e como todos os demais suicidas, apresentando o corpo espiritual também aberto e sangrando, expondo a ferida alarmante.

Se escolheu o afogamento ou a morte por gás, sentirá as mesmas sensações de apavorante asfixia por muitas vezes, sem parar, como num “replay” tétrico, pelo tempo que for necessário até extinguir toda a energia vital de que era portador na hora do seu suicídio.

E assim ocorre com todas as demais formas de suicídio, onde o transgressor colhe a conseqüência dos seus atos conforme a maneira escolhida para sua morte.

A dor e a perplexidade dos infortunados suicidas é inenarrável!

Eles carregam a enorme desilusão de terem permanecido com os seus problemas, a acumulam ainda o sofrimento desesperador das conseqüências do seu gesto infeliz.

Para eles afigura-se que seus sofrimentos serão eternos porque os vêem se repetir sem parar e não vislumbram um ponto final.
Mas nenhum sofrimento é eterno.

Deus, na sua infinita misericórdia deseja a morte do pecado e não do pecador. Assim, suas dores serão proporcionais a sua ação e agravadas ou suavizadas segundo seu gesto tenha sido praticado com total intenção ou se foi parcialmente resultado de influencias outras que o incentivaram a tal.

Dessa forma, chegará o momento em que seu sofrimento chegará ao fim.

Passado o período de esvaziamento de sua energia vital, ele será recolhido e conduzido para locais semelhantes aos hospitais terrestres, onde encontrará um ambiente limpo e organizado para refazimento e exame da suas passadas atitudes. Passará por um tratamento espiritual para curar e cicatrizar suas feridas, e depois entrará em convalescença recobrando as forças exauridas e um razoável estado de reequilíbrio após o longo período expiatório.

A partir daí será o período de avaliação do gesto impensado e suas inevitáveis conseqüências, preparando-se para reencarnar para reparar o mal que fez a si mesmo e às pessoas que lhe eram afetas diretamente.

Os que estão lendo isto pela primeira vez e que não estão familiarizados com a Doutrina Espírita, devem estar se perguntando de onde este autor tira estas informações, e se são verdadeiras ou somente a manifestação da imaginação inventiva de quem escreveu?

Esclarecemos ao querido leitor, que essas informações são reais e colhidas dos próprios suicidas que vem relatar seus infortúnios, visando a nos alertar do imenso desastre que é o suicídio. Eles se manifestam nas reuniões apropriadas para esse cometimento, onde por meio da utilização das cordas vocais de um médium de comunicação (um sensitivo, na expressão leiga), relatam suas experiências após a morte. Também encontramos detalhadas informações nos romances mediúnicos psicografados (escritos por uma pessoa, mas ditados por um espírito), onde em uma narrativa que prende nossa atenção desde o começo até a ultima pagina, contam as desventuras de alguns suicidas.

Dos livros mediúnicos sobre o suicídio ressaltamos o Memórias de um Suicida, pela médium Yvonne do Amaral Pereira, e Suicídio – Tudo o que Você Precisa Saber de Richard Simonetti.

Os mecanismos que permitem a comunicação de um espírito com uma pessoa encarnada são encontrados no livro O Livro dos Médiuns de Allan Kardec (mas sugerimos que o leitor leigo leia antes o livro O Livro dos Espíritos, que é uma introdução a todo conhecimento espiritual de onde o O Livro dos Médiuns é derivado).

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